A água parada apodrece, a água que flui segue o fluxo e chega ao mar. As mudanças são difíceis porque nos levam a fazer rompimentos dolorosos.  Se alguém é toxico em nossas vidas ou a relação acabou, por que é tão difícil romper essa situação? Freud descobriu que o inconsciente age em nós sem que saibamos. Sorrateiramente, ele nos mantém na inércia porque ele é guiado, também, pela Pulsão de Morte. A coragem para rompimentos necessários exige uma dose de lucidez para abrir mão de uma “certa” zona de conforto. O Eu investido no Outro se despedaça e, assim, a depressão ou a melancolia surge provocando uma dor quase insuportável. A coragem precisa ser construída, a dor da separação precisa ser falada, simbolizada. O “luto” pode ser vivido com menos estragos quando a pessoa se dispõe a fazer análise. A reconstrução do Eu é tecida de linhas que podem se mover para novas direções, aqui a Pulsão de Vida é acionada para impulsionar novos laços sociais, novas formas criativas de existir. Se a vida está doendo demais procure um Psicólogo/Psicanalista.

 

Deise Miriam Rossi . Psicóloga e Psicanalista